segunda-feira, 21 de maio de 2012

A culpa é do Mico Leão Dourado


  Em junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes de vário setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, principalmente para as próximas gerações.

  E por que o evento tem o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital Fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento, sem desrespeitar o meio ambiente.

  Dez anos após a ECO-92, a ONU realizou a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo (África do Sul), a chamada Rio+10 ou conferência de Joanesburgo. 
O Objetivo principal da conferência seria a de rever as metas propostas pela Agenda 21, porém o evento tomou outro direcionamento, voltado para debater quase que exclusivamente os problemas de cunho social. Houve também a formação de blocos de países que quiseram defender exclusivamente seus interesses.

  Tinha-se a expectativa de que essa nova Conferência Mundial, levaria à definição de um plano de ação global, capaz de conciliar as necessidades legítimas de desenvolvimento econômico e social da humanidade, com a obrigação de manter o planeta habitável para as gerações futuras. Porém, os resultados foram frustrados, principalmente pelos poucos resultados práticos alcançados.

  No meu conceito, o evento deveria realizar-se, em países mais conscientes com o meio ambiente, até como forma de dar exemplo. E neste quesito, o Brasil é menos que sofrível.
Afinal que exemplos podemos dar?



 A costa Brasileira altamente poluída, em especial a Baía da Guanabara onde peixes são seres quase extintos, os rios Brasileiros são um case de poluição e descaso, 



limpeza púbica lamentável,





 título de um dos países com maiores índices de poluição por lixo eletrônico, enorme poluição atmosférica por emissões industriais e veículos automotores (até pela péssima qualidade do combustível),





















desmatamento desenfreado de difícil solução,




pouquíssimo ou nenhum respeito por parte da população com animais silvestres, poluição do lençol freático, e por aí vai. Poderia escrever laudas sobre o belo exemplo que temos para dar ao mundo.

  Até separação seletiva do lixo doméstico, está sub judice, já que suspeitas existem, de que os diferentes lixos, são novamente misturados nos centros das prefeituras. Isto nas cidades em que temos esta separação.

  Infelizmente este tende à ser um evento, meramente político e publicitário dos nosso governo em suas diversas instâncias.

Tínhamos que ter feito a lição de casa antes da prova final. Agora o vexame está pró
ximo.

  O teatro já está sendo montado. A prefeitura do Rio deve estar varrendo a cidade, as aulas escolares serão suspensas para que o trânsito flua e mostre um nível menor de poluição do ar. Árvores devem estar sendo plantadas e a grama cortada. Possivelmente até peixes devem estar sendo colocados na Baía (coitados deles).

  Sugiro até que feriado municipal seja decretado, para que todos possam apreciar os belos espécimes de fêmeas de Homo Sapiens nas praias cariocas e com isto desviem seu olhar.
Vamos exigir de nossos governantes e por que não de toda a população Brasileira que pare com o “Oba Oba” político e comece com a abertura oficial da Rio+20 uma verdadeira cruzada contra a poluição e a favor da defesa do nosso planeta para que daqui a dez anos na Rio+30 possamos de verdade dizer.

Valeu a pena.

Acorda Brasil

Um comentário:

  1. Concordo. O que vai no papel e nas letras da lei é uma coisa, o que acontece de verdade é outra.
    Aqui,onde moro, próximo a represa de Guarapiranga, área de proteção de mananciais há mais de trinta anos, há de tudo, esgoto, invasões, despejo de entulho, ocupações irregulares, animais soltos, e sabe-se lá mais o quê. A nós sobra testemunhar o deterioramento, reclamar, juntar protocolos e receber NADA em troca de tanto imposto que pagamos. Vamos começar uma competição pra ver quem junta mais protocolo de órgãos públicos sem conseguir resultados?

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